COMUNICADO CCIPD | ACELERADORA DIGITAL | 02-04-2024

ACELERADORA DE COMÉRCIO DIGITAL DOS AÇORES
No dia 4 de abril de 2024, pelas 10:00, será apresentada, na sede da Câmara de Comércio
e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria, a
Aceleradora de Comércio Digital dos Açores.
Esta estrutura organizacional decorre de uma candidatura efetuada ao Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR), entre a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (líder
do consórcio), a Câmara do Comércio e Indústria da Horta, Associação Comercial e Industrial da
Ilha do Pico e a Câmara do Comércio da Ilha de São Jorge.
Apresenta como objetivo central apoiar as empresas dos Açores no processo de
digitalização dos seus processos e modelos de negócio. Neste contexto, a Aceleradora de
Comércio Digital procederá à atribuição de vouchers de 500, 1000 e 1500 Euros, a serem
utilizados para a contratação de serviços previstos no Catálogo de Serviços da Transição Digital.
Neste sentido, as empresas serão apoiadas ao longo de todo o percurso, desde a
elaboração do diagnóstico de maturidade digital que permitirá aferir o grau de resiliência
tecnológica da empresa e da elaboração do Plano do Transição Digital ao aconselhamento da
frequência de ações de formação com vista a capacitação digital dos Recursos Humanos da
empresa.
Pretende-se atingir, nomeadamente, os seguintes objetivos:

  • Promover a digitalização das empresas e o uso da tecnologia como motor de
    desenvolvimento das empresas;
  • Apostar na transformação digital como instrumento fundamental da estratégia de
    marketing da empresa;
  • Promover a Capacitação tecnológica dos colaboradores e empresários;
  • Incentivar a utilização de ferramentas de automação para alcançar uma gestão mais
    eficiente e com isso a obtenção de vantagens competitivas;
    Este evento contará com a presença da Diretora-Geral da Direção Geral das Atividades
    Económicas, Dra. Fernanda Ferreira Dias, enquanto representante da iniciativa PRR –
    CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PONTA DELGADA – ASSOCIAÇÃO
    EMPRESARIAL DAS ILHAS DE SÃO MIGUEL E SANTA MARIA
    Chamber of Commerce and Industry of Ponta Delgada
    Email: ccipd@ccipd.pt | Website: www.ccipd.pt

Aceleradoras de Comércio Digital, enquadrada na Componente 16 – Empresas 4.0, na dimensão
da Transição Digital, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).


PROGRAMA
10h00
Boas-vindas
Mário Fortuna, Presidente da Direção da CCIPD
10h15
Apresentação da iniciativa PRR – Aceleradoras de Comércio Digital
Fernanda Ferreira Dias, Diretora-Geral da DGAE
10h30
Apresentação da Aceleradora de Comércio Digital dos Açores – Melhor Comércio no
Arquipélago dos Açores.

David Almeida, Gestor da Transição Digital da Aceleradora de Comércio Digital dos Açores
10h50
Perguntas e respostas
11h00
Encerramento
A participação na sessão é gratuita, mas sujeita a inscrição no seguinte link: FAÇA AQUI A SUA
INSCRIÇÃO
Para o esclarecimento de qualquer questão, queira por favor contatar-nos através do email:
digital@ccipd.pt ou pelo telefone: 296 305 008.


Ponta Delgada, 2 de Abril de 2024

COMUNICADO CCIPD | COMISSÃO ESPECIALIZADA DA FILEIRA DO LEITE 12-03-2024

Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria cria comissão especializada da fileira do leite.

A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria reuniu, no dia 11 de março de 2024, com os seus associados que integram a fileira do leite, incluindo a produção de alimentos compostos para animais, o comércio de produtos e equipamentos, a transformação do leite e a comercialização de laticínios, com o objetivo de analisar os problemas atuais de todas as atividades associadas.

Da reunião surgiu consenso relativamente aos problemas mais prementes desta fileira de produção nos Açores, nomeadamente:

  1. Trata-se de uma fileira fundamental na economia dos Açores pelo peso que tem na geração de riqueza, na geração de empregos diretos e indiretos, no contributo que tem para a fixação de pessoas em todas as localidades e no contributo que dá para as exportações e para a substituição de importações;
  2. A fileira do leite tem impactos muito significativos em muitas outras atividades como o turismo, o comércio e os transportes, por exemplo;
  3. Não tem havido uma estratégia integrada e integradora para o setor que permita que cada parte participante, lavoura, indústria e comércio tome decisões conjuntamente coerentes para a melhoria da competitividade das atividades da fileira;
  4. A informação relevante para toda a fileira, como preços de produtos finais, custos de matérias primas e custos de serviços fundamentais para o seu funcionamento, é dispersa e não consensualizada para a tomada de decisões mais transparentes para todas as partes;
  5. Não há uma instituição consolidada e eficaz que monitorize a competitividade de toda a fileira desta atividade fundamental para a economia, para a sociedade e para a demografia dos Açores;
  6. Sendo o sector da maior importância para os Açores, não existe um sistema atualizado e completo de medição dos seus impactos, como uma conta satélite, à semelhança do que acontece com o turismo e o mar que já dispõem de instrumentos de medição desta natureza;
  7. Toda a fileira será chamada, no futuro, a adaptar-se aos novos paradigmas da sustentabilidade ambiental, criando mais um desafio de competitividade que importa trabalhar de forma antecipada.

Em face do diagnóstico feito ao setor, na atualidade, foi decidido criar-se, no âmbito da CCIPD, uma Comissão Especializada da Fileira do Leite que passará a reunir regularmente e a acompanhar o estado desta fileira, em articulação com as partes não representadas como é o caso da lavoura, dos transportes e de outras áreas que contribuem para completar as partes interessadas na fileira.

Com a criação desta comissão pretende-se contribuir para a definição de uma estratégia comum e integradora de todos os operadores da cadeia de valor e que seja considerada pelo governo regional aquando da definição das políticas públicas, que são necessárias para a consolidar como uma fileira competitiva e capaz de gerar, de forma económica, social e ambientalmente sustentável, empregos e rendimentos em todos os seus elos.

Ponta Delgada, 12 de março de 2024

COMUNICADO CCIPD | INVERNO IATA/RYANAIR | 27-03-2024

Inverno Iata 2023/24 sem a Ryanair é um retrocesso no modelo de
acessibilidade à Região Autónoma dos Açores.


A Direção e a Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e
Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel
e Santa Maria reuniram no dia 26 de março de 2024, com o objetivo de analisar e
discutir a situação atual do setor do turismo.

  1. Enquadramento
    Foi sublinhado o retrocesso que o turismo está a terno Inverno IATA 2023/24. A
    situação mostra alguns sinais de preocupação na medida em que o impacto de
    recuperação da pandemia já não se faz sentir nos negócios.
    Na saída da pandemia, os Açores conseguiram-se posicionar no mercado e
    constituíram-se como um destino diferenciado, com características que agora, são
    replicadas por diversos outros destinos concorrentes. Estamos perante um novo
    paradigma que se caracteriza por uma concorrência mais feroz de outros destinos
    que já se adaptaram às alterações do mercado assumindo-se como destinos
    sustentáveis.
    Constatou-se que tem havido mais investimento no setor do turismo que permite a
    disponibilização de mais oferta turística no mercado, enquanto que os lugares
    disponibilizados nas ligações aéreas, neste inverno que está a terminar, não só não
    acompanharam esse crescimento como regrediram. Nas ligações para o continente
    português houve neste inverno um decréscimo de cerca de 11% de lugares o que
    corresponde a cerca de 50.000 lugares que podiam potenciar 150.000 dormidas.
    É importante realçar a importância das acessibilidades aéreas num destino
    arquipelágico como os Açores, não só pela capacidade aérea que é necessária, mas
    também pela sua diferenciação em termos da capacidade de captação de diversos
    segmentos nos mercados dos diversos operadores aéreos. O fraco desempenho do
    setor do turismo neste inverno IATA 2023/24 é corolário dessa importância. Por um
    lado, a hotelaria tradicional sofreu menor impacto com a redução dos voos da Ryanair
    com alguma compensação feita pela SATA mas, por outro lado, o alojamento local, a
    restauração, as rent-a-car, a animação turística e outras atividades turísticas
    sofreram decréscimos que em alguns casos ultrapassaram os 40%.
    O atual contexto apresenta muitos desafios, alguns de caráter exógeno, como são
    designadamente os casos das taxas de juro elevadas, a evolução da economia global
    e a situação dos mercados emissores. Apresenta também outros desafios de caráter
    interno, nomeadamente ao nível da manutenção da rede de acessibilidades aéreas,
    com especial enfoque nos invernos, aliás alinhados com a pretensão política de
    combate à sazonalidade.
    O setor do turismo tem uma relevância acrescida na economia regional, quer em
    termos de emprego (representando cerca de 25 mil postos de trabalho diretos e
    indiretos), quer para o PIB regional (cerca de 12%) e contribuiu para fixação de
    população nas ilhas. Não fora o crescimento do turismo na última década a evolução
    demográfica dos Açores teria sido muito mais negativa do que já foi, pelo que não é
    aceitável que o sector tenha um retrocesso real.
  2. Aspetos positivos
    Como aspetos positivos a Comissão identificou os seguintes:
    a) Boas perspetivas de ligações externas para o Verão 2024 – A
    comissão manifestou satisfação com o aumento da capacidade aérea no
    Verão de 2024 nas rotas do mercado internacionais de cerca de 18% face
    ao período homólogo.
    b) Ténues perspetivas de ligações internas para o verão 2024 – A
    comissão registou o crescimento de apenas 4% da oferta no mercado
    nacional, o que evidencia uma perspetiva pouco animadora tendo em
    conta o peso e o potencial do mesmo.
  3. Aspetos Negativos
    Foi identificado um conjunto de áreas que constituem motivos de preocupação e que
    carecem de necessária intervenção/decisão, de que se destacam:
    a) Agravamento da sazonalidade – constatou uma redução da procura pelo
    destino pois a taxa de ocupação nos Açores decresceu 6,7% em Janeiro de
    2024 e o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) também
    decresceu 6,3% (quebra mais elevada do país), estando os Açores no 3º lugar
    das regiões com pior RevPAR de Portugal;
    b) Escassez da Capacidade Aérea – a redução drástica das ligações operadas
    pela Ryanair no inverno IATA teve um impacto efetivo na procura pelo destino
    e, ao contrário do que se exigia, os voos não estão a acompanhar a
    disponibilidade que existe ao nível da oferta turística. A escassez de voos está
    a bloquear o setor do turismo. Sem voos não há turismo;
    c) Concorrência agressiva de outros destinos – constatou a existência de
    destinos mais competitivos, em termos de qualidade de produtos e serviços
    turísticos, bem como dos preços do transporte aéreo, pondo em causa o
    trabalho de posicionamento do destino Açores;
    d) Aumento de Custos – constatou que nas estatísticas publicadas pelo SREA,
    os custos do sector cresceram muito maisdo que os proveitos, diminuindo a
    margem libertada que é imprescindível para a sustentabilidade do setor,
    nomeadamente para amortização dos investimentos e combate ao impacto
    negativo da sazonalidade cada vez mais acentuada;
    e) Segurança dos trilhos – manifestou preocupação com a notícia de que há
    mais de 30 dias que um cidadão belga está desaparecido na Lagoa do Fogo,
    o que é no mínimo incompreensível. Considera-se relevante haver um
    procedimento de segurança associado à atividade dos trilhos pedestres, como
    por exemplo a utilização de um equipamento com mecanismo de localização,
    que garanta a necessária segurança dos turistas;
    f) Segurança em Ponta Delgada – Ainda sobre questões de segurança, foi
    manifestada muita preocupação com o sentimento crescente de insegurança
    na cidade de Ponta Delgada, sobre o qual é urgente uma intervenção
    integrada das várias entidades com responsabilidade na matéria;
    g) Infraestruturas de visitação turística – Sublinhou a falta uma
    infraestrutura de acolhimento aos turistas na Lagoa de Fogo, necessária à
    qualificação e segurança da experiência turística;
    h) Degradação na Gestão dos Trilhos Pedestres – Constatou a degradação
    na gestão dos trilhos pedestres, o que impacta negativamente na experiência
    e imagem do destino Açores, sendo necessária uma articulação mais efetiva
    entre os municípios e as direções regionais que gerem este ativo turístico,
    como por exemplo na implementação de uma sinalética adequada;
    i) Promoção – Constatou-se que a promoção turística é débil e sem um plano
    efetivo e adequado aos desafios do setor que já gera cerca de 600 milhões de
    euros de PIB nos Açores, recebendo menos do que 1% de reinvestimento do
    governo em promoção. A bandeira do combate à sazonalidade expressa no
    PEMTA não se traduz em campanhas de marketing agressivas e alinhadas com
    o desenvolvimento das acessibilidades aéreas. Há um sério risco que esta falta
    de promoção não induzirá a necessária procura que pode levar a que mais
    companhias relevantes abandonem o destino Açores;
    j) Modelo de Subsídio Social de Mobilidade – Manifestou preocupação com
    a necessidade de moralização e modernização do subsídio social de
    mobilidade.
  4. Ação para o Futuro
    Em face do diagnóstico realizado à evolução do inverto IATA 23/24 que:
    i) configura uma regressão de muitos anos no combate à sazonalidade do
    turismo dos Açores, com seis meses previstos de resultados negativos;
    ii) compromete o desígnio do próprio governo em reduzir a sazonalidade;
    iii) introduz um elevado grau de incerteza no setor;
    iv) compromete a rentabilização de investimentos elevados realizados nos
    últimos anos em todas as atividades do turismo desde a restauração ao
    alojamento local;
    v) evidencia a redução da concorrência, por ausência de operadores privados,
    nas principais rotas de serviço aéreo dos Açores;
    a Comissão considerou que é urgente a implementação, imediata, de um Plano de
    Ação para o próximo INVERNO IATA 24/25, que configure uma redução clara da
    sazonalidade.
    A Comissão considerou também ser da maior importância atuar sobre a segurança
    quer nas atividades desenvolvidas pelos turistas, mormente nos trilhos, quer na
    segurança nas cidades.
    Ponta Delgada, 27 de março de 2024
COMUNICADO CCIPD | FICSA 2024 | 30-04-2024

FICSA 2024 -FESTAS DO SANTO CRISTO | PROGRAMA

A Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de São
Miguel e Santa Maria, realiza de 3 a 9 de maio a feira FICSA – FEIRA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO
E SERVIÇOS DOS AÇORES – Festas do Santo Cristo, que ocupará a Alameda e o Pavilhão do Mar,
em Ponta Delgada, numa área superior a 4 000 m2. Esta feira multissetorial é o maior evento
que se realiza nos Açores, e conta este ano com o apoio da EDA -Eletricidade dos Açores S.A.
como main sponsor, a MEO como wifi sponsor e a Rádio Atlântida como media partner.


Com mais de 61 empresas e 54 artesãos presentes, num total de 182 stands, com áreas que
variam de 9m2 a 24 m2, este certame disponibiliza uma oferta variada que se espera atrair mais
de 40 000 visitantes, onde se incluem residentes, turistas e emigrantes da nossa diáspora.
Atenta às questões da sustentabilidade a FICSA 2024 – Festas do Santo Cristo conta com a
instalação de uma unidade de produção de energia no local, através da instalação de um sistema
de painéis solares e baterias, pela empresa SOFTPROTON, permitindo por um lado uma
poupança real de energia, que poderá ser visualizada no local através de monitores com
informação em tempo real, e por outro lado a consolidação da estratégia de realização de feiras
e eventos de cariz sustentável.


Como habitual a Escola Profissional da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada
marcará a sua presença onde apresentará a sua nova oferta formativa 2024/25, que conta com
o curso de técnico de Agências de Viagens e Transportes e de técnico de Comunicação e Serviço
Digital, dando resposta às necessidades do mercado no setor do turismo e no processo de
transição digital das empresas.


A FICSA estará aberta ao público de 3 a 9 de maio, nos seguintes horários:
➢ Dia 3 de maio – das 18:00 às 00:00
➢ Dia 4, 5, 6 e 9 de maio – das 16:00 às 00:00
➢ Dia 7 e 8 de maio – das 18:00 às 23:30


O programa da FICSA é o seguinte:
➢ Inauguração: dia 3 de Maio – 18:00
➢ Momento Musical Itinerante – Saxofone – Rui Piques: dia 3 de Maio -18:30-19:30
➢ Noite de Fados – Luis Anjos (voz), Rúben Torres (guitarra portuguesa) e Jorge Veríssimo
(viola): dia 4 de maio – 21:00-21:30/22:00-22:30
➢ Momento Musical Banda “BACK TO THE FUNK”: dia 6 de Maio – 21:00-21:30/22:00-22:30
➢ Momento Musical – Viola da Terra – Duo Rafael Carvalho: dia 9 de Maio – 21:00-21:45

Os momentos musicais realizam no “Garden Music Alive” da FICSA, que se localiza na área sul da
tenda na junto ao anfiteatro na alameda do mar.
Durante a feira os expositores irão levar a cabo diversas promoções que serão divulgadas durante
o certame em todos os canais desta Câmara.


Ponta Delgada, 30 de Abril de 2024


COMUNICADO CCIPD | PRIVATIZAÇÃO AZORES AIRLINES | 02-05-2024

PRIVATIZAÇÃO AZORES AIRLINES

A CCIPD tem acompanhado, com a máxima atenção, todo o processo de privatização da SATA INTERNACIONAL, atenta a importância desta empresa pública para a Região, quer pelos serviços quer assegura quer pelas contingências que já gerou e que ainda pode vir a gerar para o orçamento público.

Há já muitos anos que a CCIPD intervém defendendo que se delineie uma política sensata para as acessibilidades dos Açores sem o depauperamento descontrolado do orçamento público, suportado, por todos os açorianos, por cada ilha, incluindo aquelas onde exercem atividade os associados da CCIPD, compreendendo o espaço onde se desenvolve quase 70% de toda a atividade económica dos Açores, para os ganhos e para os encargos que lhes estão inerentes. O sucesso das políticas é, por isso, um desiderato fundamental para a CCIPD, que bastas vezes alertou para os perigos que se estava a correr com as orientações da empresa.

É neste contexto que, dados os factos que vieram a público no processo de pré-seleção de empresas candidatas à privatização de parte do capital da SATA INTERNACIONAL, e dada a reconhecida idoneidade do júri, que questionou a oportunidade da continuidade do processo, a que se juntam outras apreciações também idóneas da oportunidade de se prosseguir o processo, a CCIPD vem esclarecer que defende que o processo em curso seja imediatamente interrompido e que seja dado início a um novo processo, com a celeridade  que as metas temporais impostas pela Comissão Europeia aconselham.

Um novo processo permite incorporar informação nova e positiva face ao início do processo anterior e corrigir vicissitudes do atual concurso que possam ser evitadas, não obstando a que os concorrentes atuais, se voltem a apresentar melhorando as suas respostas aos termos e às exigências do concurso.

A Direção da CCIPD

Ponta Delgada, 2 de Maio de 2024


COMUNICADO CCIPD | PREÇOS ENERGIA | 24-05-2024

PREÇOS ENERGIA

A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria  na sequência do comunicado da ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos de 15 de maio de 2024, sobre a fixação excecional de tarifas de eletricidade a vigorar a partir de 1 de Junho de 2024, constata que as empresas Açorianas, em particular nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, não obstante o processo de convergência de preços inerente ao modelo de regulação em vigor, continuam a suportar custos de energia muito superiores às empresas do continente português e sem garantia de estabilidade de preços.

Este diferencial nos custos de energia suportado pelos grandes consumidores na região autónoma dos Açores traduz-se num problema relevante de perca de competitividade do nosso tecido empresarial, que é de grande preocupação e apreensão por parte desta Câmara.

Como é sabido os mercados de energia no continente português e nas regiões autónomas, em particular a dos Açores, têm configurações distintas: no nacional há a opção por regulado ou liberalizado enquanto nos Açores o mercado é todo regulado. Os consumidores dos Açores, grandes e pequenos, estão excluídos do mercado concorrencial com significativos prejuízos em competitividade.

Os grandes consumidores sedeados no continente português têm beneficiado em média de tarifas do mercado liberalizado que apresentam um diferencial histórico de cerca de 50€/MWh face à tarifa regional. Verificaram-se, ainda, em 2023, aumentos muito significativos das tarifas reguladas regionais, em contraciclo com a realidade continental, o que evidencia a necessidade de o modelo de regulação dos Açores se ajustar mais rapidamente face a oscilações no mercado nacional.

As empresas açorianas, mesmo no horário mais favorável para o fornecimento de eletricidade nos Açores, em que se verificam problemas de excesso de oferta face à procura e em que dominam no caso da ilha de São Miguel fontes estáveis de energia renovável como a geotérmica, suportam um custo de eletricidade que é mais do dobro do custo médio da eletricidade a nível nacional.

Este diferencial de preços penalizador tem efeitos nefastos na economia regional, que se estima consoante a tipologia de utilização, e em valores médios, poder ascender a um custo acrescido anual com eletricidade de 12 milhões de euros[1]. Para o setor industrial, este diferencial de preços estima-se que poderá ascender a custo anual na ordem dos 6 milhões de euros[2].

Acresce a este problema preocupante de custos acrescidos a impossibilidade dos grandes consumidores de energia nos Açores contratualizarem preços a longo prazo, o que, sendo possível para os grandes consumidores no continente português, é uma discriminação evidente e um fator de perca adicional e real de competitividade económica das empresas açorianas.

Na proposta de novas tarifas para junho de 2024, divulgada pela ERSE, prevê-se uma redução das tarifas para os Açores em -10,1% para a média tensão e -2,8% para a baixa tensão especial, medida que é bem-vinda. No entanto, mantém-se um diferencial muito penalizador para os grandes utilizadores da Região quando comparados com os nacionais.

A Direção desta Câmara considera que, neste contexto, é urgente e imprescindível, para aportar melhor competitividade à industrial regional, uma revisão do regulamento tarifário em vigor, por forma a que permita uma correção mais rápida do diferencial de preço, a que se encontra sujeita a indústria regional, a par da criação de mecanismos que permitam reduzir a incerteza atual e fixar preços de fornecimento a longo-prazo.

Ponta Delgada, 24 de maio de 2024


[1] para um consumo anual de 233GWh em média-tensão para os setores de comércio/serviços e industriais conforme dados de consumo EDA 2023 e um diferencial de 50€/MWh.

[2] para um consumo anual de 112GWh em média-tensão para o setor industriais conforme dados de consumo EDA 2023 e um diferencial de 50€/MWh.


COMUNICADO CCIPD | TRANSPORTES MARÍTIMOS | 28-05-2024

TRANSPORTES MARÍTIMOS

Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria considera que o porto de Ponta Delgada é mais uma infraestrutura congestionada e insuficiente

A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria analisou, com o apoio e informação dos seus associados, a situação atual dos transportes marítimos que servem as ilhas de São Miguel e Santa Maria.

Neste âmbito foram analisadas diversas questões sobre a operação no porto de Ponta Delgada, entre as quais a evolução da procura versus a capacidade disponível desta infraestrutura.

Foi constatado a existência de um número extraordinário de irregularidades na operação, situação com frequência de que não há memória recente, devido a um conjunto diversificado de fatores entre os quais limitações operacionais no próprio porto de Ponta Delgada, o agravamento das condições meteorológicas, algumas que resultaram no fecho das barras dos portos de Lisboa e de Leixões, reordenamento das operações com limitações novas, bem como avarias de equipamentos de mar e portuários.

Foi considerado urgente abordar a operacionalidade do porto de Ponta Delgada na medida em que esta infraestrutura tem um impacto relevante na manutenção de uma operação marítima estável, mesmo quando existem irregularidades operacionais. O porto está cada vez menos capaz de responder às solicitações do mercado, pese embora as obras realizadas e em função de novas normas operacionais. A capacidade operacional está desfasada da capacidade de atracagem, em muitas circunstâncias, prejudicando a competitividade da infraestrutura e de todas as atividades dela dependentes. A título de exemplo: os lugares de estacionamento para viaturas porta-contentores são insuficientes para a capacidade marítima instalada; as áreas de controlo oficial põem em causa a fluidez do tráfego no porto; a inexistência de um parque para contentores adequado, dentro ou fora do porto, para otimizar as cargas e descargas. Esta lista não é exaustiva, mencionando apenas alguns constrangimentos.

Esta Câmara constata, perante a análise efetuada, que o porto de Ponta Delgada é mais uma infraestrutura congestionada, inacabada e relegada para segundo plano, o que penalizando a eficiência e a eficácia das empresas, põe em causa a competitividade da economia dos Açores como um todo.

É imprescindível que as entidades responsáveis garantam a resolução de todas as limitações e ineficiências operacionais identificadas no porto de Ponta Delgada, pelo que é urgente a nomeação do novo Conselho de Administração da Portos dos Açores e a implementação de um plano de ação urgente.

A construção de um segundo molhe para o porto de Ponta Delgada tem sido defendida amiúde por esta Câmara, como forma de garantir a segurança e o crescimento económico a médio-prazo. No curto prazo, urge resolver, rapidamente, todas estas limitações operacionais, para que esta infraestrutura não continue a ser um constrangimento para a competitividade económica e para o crescimento da economia.

É muito preocupante que a operação marítima dependente do Porto de Ponta Delgada continue com irregularidades e ineficiências operacionais e que ainda não se saiba quando será retomada a normalidade de operações competitivas.

A operação no porto de Vila do Porto na ilha de Santa Maria foi outro dos tópicos analisados de onde se realça a necessidade urgente de resolver o problema de limitação de calado do porto, situação que põe em causa a eficiência da operação dos navios que operam nesse porto, prejudicando a economia da ilha com mais custos e atrasos na entrega das mercadorias para o mercado da ilha e para a exportação.

Tendo os transportes marítimos um impacto transversal e muito relevante na atividade e consequente competitividade das nossas empresas, urge tomar medidas céleres e eficazes para solucionar os problemas identificados.

Ponta Delgada, 28 de maio de 2024



COMUNICADO CCIPD | ACELERADORA DIGITAL | 06-06-2024

ACELERADORA DE COMÉRCIO DIGITAL DOS AÇORES | CONCELHO DE LAGOA

Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada apresenta a Aceleradora do Comércio Digital dos Açores aos empresários e empresas do concelho de Lagoa, em colaboração com o Câmara Municipal de Lagoa, no próximo dia 7 de Junho pelas 10H00.

No dia 7 de junho de 2024, pelas 10H00, será apresentada, pela Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial de São Miguel e de Santa Maria, no Auditório da Câmara Municipal de Lagoa, a Aceleradora de Comércio Digital dos Açores.

Esta sessão de divulgação, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lagoa, enquadra-se nos roadshows concelhios que a Aceleradora de Comércio Digital se encontra a realizar.

A Aceleradora apresenta como objetivo central apoiar as empresas no processo de digitalização dos seus processos e modelos de negócio. Neste contexto, a Aceleradora de Comércio Digital procederá à atribuição de vouchers a serem utilizados para a contratação de serviços previstos no Catálogo de Serviços da Transição Digital.

Neste sentido, as empresas serão apoiadas ao longo de todo o percurso, desde a elaboração do diagnóstico de maturidade digital que permitirá aferir o grau de resiliência tecnológica da empresa e da elaboração do Plano do Transição Digital ao aconselhamento da frequência de ações de formação com vista a capacitação digital dos Recursos Humanos da empresa.

Pretende-se atingir, nomeadamente, os seguintes objetivos:

  • Promover a digitalização das empresas e o uso da tecnologia como motor de desenvolvimento das empresas;
  • Apostar na transformação digital como instrumento fundamental da estratégia de marketing da empresa;
  • Promover a Capacitação tecnológica dos colaboradores e empresários;
  • Incentivar a utilização de ferramentas de automação para alcançar uma gestão mais eficiente e com isso a obtenção de vantagens competitivas;

Esta iniciativa é financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR.

Ponta Delgada, 6 de Junho de 2024



COMUNICADO CCIPD | ATRASO NOS PAGAMENTOS E RYANAIR | 24-07-2024

A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria (CCIPD) reuniu no dia 23 de julho de 2024, tendo efetuado uma análise a um conjunto de questões relevantes no âmbito da atividade empresarial das ilhas de São Miguel e de Santa Maria, de onde realça a situação de insegurança na cidade de Ponta Delgada, os atrasos nos pagamentos às empresas e a reabertura da base da Ryanair em Ponta Delgada.

  • SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA EM PONTA DELGADA

Esta Câmara tem recebido nos últimos meses um conjunto de preocupações através dos seus associados relacionadas com a perceção de insegurança sentida, em particular com clientes de hotéis, restaurantes e de comércio na cidade de Ponta Delgada. Esta perceção é também transversal aos residentes.

A Direção da CCIPD considera que a situação de segurança está agravada e no nosso entender os responsáveis não estão a fazer o suficiente para resolver uma situação que é atualmente degradante para os residentes e para quem nos visita.

Neste contexto a Direção considera que esta falha grave, constatada no nosso quotidiano, tem que ser urgentemente colmatada por quem de direito.

  • ATRASOS NOS PAGAMENTOS ÀS EMPRESAS

No âmbito da sua missão ao serviço do desenvolvimento das empresas e da economia dos Açores a CCIPD consultou os seus associados sobre os pagamentos dos programas de manutenção do emprego – PME I e II.

Do inquérito conclui-se que:

  • no PME I 45,5% das empresas registam um atraso nos pagamentos entre 6 e 12 meses e 21,2% afirmam que o atraso é superior a 12 meses, o que se traduz em 67,7% de atrasos com mais do que 6 meses;
  • no PME II 50,0% das empresas registam um atraso nos pagamentos entre 6 e 12 meses e 18,8% afirmam que o atraso é superior a 12 meses, o que se traduz em 68,8% de atrasos com mais do que 6 meses.

A Direção da CCIPD considera de extrema relevância e urgência a regularização destas situações, tanto mais que as empresas mais pequenas sofrem um impacto muito significativo devido ao elevado custo do financiamento, necessário para colmatar os atrasos nos pagamentos.

Ainda sobre os pagamentos às empresas, em particular aos fornecedores do Sistema Regional de Saúde, a Direção congratula-se com o anúncio que o Governo da República aprovou a transformação de dívida em dívida financeira no valor de 75 M€, o que poderá aliviar o problema dos pagamentos em atraso sendo que, no entanto, o problema não fica sanado por insuficiência desta verba, considerando-se fundamental a orçamentação de nova verba equivalente para o orçamento de 2025.

Considera-se também importante que a contingência da recuperação dos estragos causados no Hospital Divino Espírito Santo não venha a agravar de novo a situação de pagamentos em atraso.

  • REABERTURA DA BASE DA RYANAIR EM PONTA DELGADA

A CCIPD congratula-se com a disponibilidade manifestada pela Ryanair para reabrir a sua base em Ponta Delgada, reunidas que sejam as condições de custos operacionais aeroportuários. A Ryanair contribuía muito para o esbatimento da sazonalidade do turismo dos Açores, em geral, e do de São Miguel em particular. O encerramento da base e redução dos voos no inverno IATA marcou negativamente a atividade turística levando a taxas de crescimento muito reduzidas em São Miguel. Por esta razão a Direção da CCIPD exorta o governo regional dos Açores a expressar, junto do governo da república, a importância de uma política de recuperação e alargamento das bases de operação da Ryanair que leve à reabertura da base de Ponta Delgada.

Ponta Delgada, 24 de julho de 2024



COMUNICADO CCIPD | SITUAÇÃO SETOR DO TURISMO | 31-07-2024

A Direção e a Comissão Especializada do Turismo da Câmara do Comércio e
Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel
e Santa Maria (CCIPD) reuniram no dia 30 de julho de 2024, com o objetivo de
analisar e discutir a situação atual do setor do turismo.

  1. Diagnóstico
    Constatou-se, até à data, uma evolução positiva dos números globais do setor do
    turismo nos Açores em linha com o investimento relevante que tem vindo a ser
    efetuado pelas empresas do setor nas suas diferentes áreas: alojamento,
    restauração, animação turística, rent-a-car, entre outras, sem o qual não é possível
    ter um posicionamento diferenciado do destino.
    Neste contexto de investimento privado, que se traduz numa oferta turística cada vez
    mais qualificada, é essencial garantir um nível adequado de investimento público nas
    infraestruturas (estradas, estacionamento, zonas balneares, pontos de visitação,
    etc.) de acolhimento dos turistas, pelas respetivas entidades, a um ritmo adequado
    às necessidades de qualificação e diferenciação contínua do destino, sem o qual
    pomos em causa o trabalho em curso das empresas e o compromisso dos residentes
    com o desenvolvimento do setor e da economia Açoriana.
    Constata-se que a Região Autónoma dos Açores é, de acordo com os dados do INE,
    das regiões portuguesas, a par com o Algarve, com o índice de amplitude sazonal
    mais elevado em 2023 (4,0 em ambas)1, o que sendo o Algarve um destino de Verão e os Açores um destino de Natureza, com grande potencial de crescimento no inverno, denota uma falha relevante no aproveitamento do potencial diferenciador do destino durante o inverno.
    O agravamento da sazonalidade, que agora se constata, é antagónico com os
    objetivos definidos no PEMTA (Plano Estratégico de Marketing do Turismo dos Açores)
    e é grave pois põe em causa o frágil equilíbrio económico das empresas do setor, no
    contexto atual de limitada mão-de-obra qualificada. Se é sabido que a sazonalidade
    é uma característica do setor em questão, também é certo que o maior desígnio do
    mesmo é o seu combate e a sua redução, não podendo haver argumentos válidos
    para o seu agravamento.
    Acresce que é também relevante realçar a importância da segurança nos destinos
    turísticos, como aliás já referenciado pela CCIPD, a situação está agravada porque
    os responsáveis não estão a fazer o suficiente para resolver uma situação que é atualmente degradante para os residentes e para quem nos visita. É uma falha grave que tem que ser urgentemente colmatada por quem de direito. Acresce ao problema da insegurança o problema da falta de limpeza em alguns locais estratégicos na experiência turística de quem nos visita e que tem que ser devidamente tratado. O setor do turismo tem uma relevância acrescida na economia regional, quer em termos de emprego (representando cerca de 25 mil postos de trabalho diretos indiretos), quer para o PIB regional (cerca de 12%) e contribuiu para fixação de população nas ilhas. Não fora o crescimento do turismo na última década a evolução demográfica dos Açores teria sido muito mais negativa do que já foi, pelo que não aceitável que o sector tenha um retrocesso real.
  1. Ação para o Futuro
    Em face do diagnóstico realizado a Comissão considera que é importante:
  • Não descurar a imprescindibilidade do transporte aéreo, garantindo um
    nível adequado de capacidade no próximo inverno IATA, que acompanhe o
    processo de crescimento e qualificação do setor, em curso, e que promova
    uma procura por todos os segmentos de clientes relevantes para a
    consolidação do destino Açores e não somente alguns, como aconteceu no
    inverno IATA passado;
  • Garantir a execução das ações de promoção do destino a cargo da
    Visit Azores, e que apresentam um nível de execução baixo, sem a qual não
    é possível, em particular no inverno, posicionar adequadamente o destino.
    Importa implementar um plano de promoção diferenciado sem recorrer, como
    é habitual, a campanhas de promoção baseadas em preço com limitada
    criação de valor para o setor e perda de enfoque na adequada diferenciação;
  • Ainda na promoção, retomar as boas políticas do passado, através da
    reativação dos programas de apoio à promoção das empresas do setor
    do turismo, que para além de contribuírem para um aumento da notoriedade
    do destino, promovem a diversidade da oferta turística existente.
    As oportunidades agora identificadas por esta Comissão consubstanciam as suas
    preocupações, que decorrem de um trabalho contínuo e atento para um
    desenvolvimento sustentável do setor, que só é possível através de investimento na
    qualificação e diferenciação do mesmo.
    Ponta Delgada, 31 de julho de 2024



COMUNICADO CCIPD | BALCÕES SATA | 02-08-2024

A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria (CCIPD)foi surpreendida com a notícia de que a RIAC passaria a vender passagens aéreas da SATA que anunciou, há poucas semanas, o encerramento dos seus balcões fora dos aeroportos, por uma questão de racionalização operacional.

Ficou ainda mais surpreendida com a existência de um contrato fixo para a prestação deste serviço, sem que tenha sido dada qualquer oportunidade a qualquer agente do mercado para o envolvimento nesta atividade. Existem agentes económicos – designados de agentes de viagens – cujo licenciamento específico da atividade é obrigatório e que prestam este tipo de serviço, mantendo postos de trabalho, contribuindo com impostos para os cofres do Estado, não podendo recorrer a este em caso de falência e assumindo sozinhos o risco do seu negócio.

O recurso sistemático a serviços do Estado para prestar serviços comerciais configura a comunização da economia gerando as ineficiências que a impedem de crescer adequadamente. Isto já acontece com a venda de bilhetes da Atlânticoline, uma empresa totalmente dependente do orçamento público e gerindo um monopólio público. Pretende-se agora que esta prática se alargue a outra empresa pública que já beneficiou extensivamente do orçamento público e está sob acompanhamento da União Europeia.

Se se compreende que uma empresa pode procurar soluções económicas de poupança na sua produção já não se compreende que um serviço público se proponha ou seja obrigado a, de forma discriminatória, associar-se para atividade comercial, em concorrência com o mercado e em perfeita incompatibilidade com os princípios da concorrência leal.

A opção revela uma visão, no mínimo turva, da nossa realidade e do rumo a dar-lhe no contexto do país e da Europa que queremos solidários.

A CCIPD considera a ideia inaceitável para a economia dos Açores. Já não bastava a RIAE na promoção de informações tipicamente da responsabilidade de agentes económicos para agora termos a RIAC na atividade económica em direta concorrência com empresas que mantêm postos de trabalho e pagam impostos.

A CCIPD considera indispensável a reversão desta decisão para bem da economia que garante um mínimo de sustentabilidade racional que resta na economia dos Açores.

Ponta Delgada, 02 de agosto de 2024



COMUNICADO CCIPD | TRANSPORTES MARÍTIMOS | 14-10-2024
COMUNICADO CCIPD | TRANSPORTES MARÍTIMOS

A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria reuniu no dia 14 de outubro de 2024, tendo analisado o anúncio do governo de que irá dar continuidade ao modelo atual de transportes marítimos, com reforço de algumas rotações.

Tendo em consideração a posição desta instituição face aos custos de transporte marítimos para os Açores que este modelo gera e a forma como estes custos são suportados a direção decidiu manifestar publicamente a sua discordância com a decisão avançada pelo governo, pelas seguintes razões:

1.           O modelo de imposição de obrigações de serviço público, sem as devidas compensações pelos sobrecustos que implica, é ineficiente e penaliza sobremaneira as empresas e os consumidores;

2.           Gera custos demasiado elevados para os consumidores, reduzindo o seu poder de compra, e para as empresas, reduzindo a sua competitividade e atrasando o crescimento da economia dos Açores;

3.           O modelo gera, naturalmente, um oligopólio, mas não prevê qualquer mecanismo de regulação, levando à degradação do serviço por virtude de gerar mecanismos afastados da concorrência e, adicionalmente, a degradação dos investimentos em equipamentos;

4.           Contrariamente ao que acontece no transporte aéreo, o modelo não prevê qualquer compensação pública pelos custos acrescidos que impõe, remetendo o ónus do seu financiamento para os mercados maiores que ficam impedidos, por esta via, de competir melhor, com reflexos negativos no crescimento das exportações, da economia e do emprego e da própria capacidade das empresas de remunerar melhor o trabalho;

5.           A estratégia anunciada pelo governo tem um efeito imediato de agravar os custos do transporte marítimo para todos os residentes dos Açores e de impedir que estes serviços sejam desagravados no futuro previsível;

6.           O modelo ao ignorar as poupanças de abordagens mais competitivas, com a devida regulação e compensação públicas, sacrifica a iniciativa privada aos interesses políticos conjunturais, sem melhorar, efetivamente, o bem-estar das populações mais afastadas, sobrecarregando as populações mais centrais;

7.           O modelo adotado não salvaguarda a coesão eficiente, atrasando o ecossistema produtivo da região;

8.           O modelo ignora, por completo, os princípios patentes nos modelos utilizados para o transporte aéreo criando uma dualidade incompreensível entre o transporte aéreo e o marítimo, sendo que o marítimo afeta todos os açorianos todos os dias, através do custo dos produtos que consomem, enquanto transporte aéreo só afeta os açorianos que viajam mais, quando viajam.