A Direção e a Comissão Especializada do Comércio reuniram no dia 14 de julho, tendo como objetivo analisar a situação no setor, na atual conjuntura decorrente da pandemia da COVID 19.
A situação no setor foi considerada preocupante, tendo em consideração as repercussões que a quebra significativa que se tem vindo a verificar na procura da generalidade das atividades comerciais e o seu natural impacto negativo na situação financeira das empresas.
A quebra que se tem vindo a registar está associada a um conjunto de fatores, com especial realce para a diminuição muito acentuada do turismo, a redução do rendimento disponível de muitas famílias, a incerteza quanto ao futuro, a organização do trabalho designadamente de entidades públicas, que continuam com muitos trabalhadores em teletrabalho e de serviços públicos com atendimento ao público encerrado ou limitado. Todos estes fatores contribuem para uma redução no movimento de circulação de pessoas nos centros das cidades e vilas e para uma menor procura dos clientes do denominado comércio tradicional,
Foi realçada, como positiva, a resiliência do setor, que apesar da redução de vendas, tem conseguido manter a sua capacidade de oferta, bem como a opção da generalidade das empresas em manterem os postos de trabalho, aproveitando as medidas públicas disponibilizadas pelos governos da república e regionais, com especial relevo para o lay off simplificado.
A Direção e a Comissão Especializada do Comércio entendem que as entidades públicas nacionais, regionais e locais devem tomar medidas que ajudem a dinamizar o setor, tendo destacado as seguintes:
1º Redução da carga fiscal, em especial no que se refere à taxa máxima do IVA, medida que reforçaria o rendimento disponível das famílias e também com impactos positivos para as empresas;
2º Retoma do trabalho presencial para muitos trabalhadores da administração regional e local, bem como reabertura de alguns serviços públicos, medidas que contribuirão para estimular a atividade comercial das cidades e vilas;
3º Realização de ações de animação, que, respeitando as necessárias medidas de segurança sanitária, possam contribuir para a dinamização e atração de pessoas aos centros urbanos;
4º Alteração das políticas de estacionamento, no sentido de estimular a procura do denominado comércio tradicional.
Ponta Delgada, 15 de julho de 2020