Reuniu no dia 28 de fevereiro, o Conselho Consultivo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada para analisar a conjuntura atual e perspetivar o ano em curso.
Das conclusões desta reunião destacam-se as seguintes:
– Foi manifestada preocupação com a continuação da situação de grande dificuldade que a economia regional está a atravessar, com profundas repercussões no tecido empresarial e social, prevendo-se que a mesma continue a prolongar-se por mais algum tempo;
– Foi salientada a situação de maior estabilidade que se tem vivido no setor primário, nomeadamente na pecuária, que tem contribuído para atenuar o impacto negativo da atual conjuntura económica, mas apontados sinais de alerta devido às alterações que possam surgir, nomeadamente nas quotas leiteiras, com impacto em toda a economia;
– Foi reafirmada a importância da região dispor de um sistema de transportes competitivo na vertente marítima, devendo para o efeito proceder-se a alterações graduais no atual modelo, de forma a garantir-se estabilidade, devendo sempre ser salvaguardada a ligação com a Madeira;
– Foi salientada a necessidade de utilização parcimoniosa dos recursos financeiros públicos, com redução de desperdícios, privilegiando-se a racionalização da despesa corrente e uma orientação seletiva dos investimentos;
– Foi manifestada preocupação com a situação no setor público empresarial, tendo em consideração os resultados negativos que se têm vindo a registar, o seu endividamento e a crescente absorção do crédito disponível, afetado a atividades insustentáveis;
– Foi reafirmado o turismo como atividade determinante para o crescimento económico regional e como uma área que pode contribuir de forma decisiva e rápida para ajudar a desejada retoma económica;
– Foi reafirmada a importância do novo QCA 2014-2020, como oportunidade para definir um rumo sustentável para o futuro da Região;
– Foi apontado o escasso diálogo promovido à volta de questões fundamentais como é o caso dos transportes e, sobretudo, das orientações do novo QCA.
O novo QCA condicionará o futuro regional, mesmo para além de 2020, exigindo, por conseguinte, que as grandes opções sejam consensualizadas entre as forças políticas e os parceiros sociais, num modelo participativo de diálogo aberto e permanente, para que seja possível encontrar as melhores soluções para o futuro da Região.
Foi reafirmado, desde já, que o novo QCA deve ter uma orientação estratégica que privilegie e promova a produção de bens e serviços transacionáveis, quer visando a exportação, quer a substituição de importações, bem como a regeneração urbana.
Ponta Delgada, 03 de março de 2014
A Direção