A Direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada na sua reunião de ontem analisou algumas questões da atualidade, destacando-se as seguintes:
- Registado com agrado a desconvocação parcial da greve dos pilotos da SATA, que teria efeito no próximo fim de semana. Independentemente do que vier a acontecer relativamente aos outros 2 períodos de greve anunciados, estamos já perante uma situação com impacto negativo para o turismo regional. Na realidade, o simples anúncio de paralisações neste setor fazem retrair os potenciais turistas de visitarem a Região.
- Feito o ponto de situação do projeto “ Ponta Delgada: Cidade Com Vida”, iniciativa que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do centro histórico da cidade, através de trazer pessoas à cidade e motivá-las para o consumo nos estabelecimentos comerciais e de restauração.
- Abordado o planeamento da Expo Santa Maria, iniciativa que decorrerá de 21 a 24 de junho do corrente mês, que habitualmente vem decorrendo em simultâneo com o certame ligado à componente agrícola ambos associados ao feriado Municipal (24 junho) e que este ano se prevê contar com mais uma iniciativa ligada à Saúde e transversal a diversos públicos (escolar, empresarial e população em geral).
- Registada com muita preocupação a intenção de serviço ligado ao Governo da República em cobrar uma taxa aos utilizadores do porto de Ponta Delgada, vindo desta forma agravar a situação muito difícil em que atuam as empresas, principalmente os transportadores de mercadorias. Salienta-se que os referidos utilizadores já suportam uma taxa, que é cobrada pela entidade que gere os portos dos Açores.
Reitera-se a preocupação manifestada a semana passada relativamente à manutenção do pré-aviso de greve, que é, em parte, coincidente com as festividades do Senhor Santo Cristo dos Milagres, ocasião em que há uma significativa afluência de pessoas a S. Miguel.
No contexto de graves dificuldades que o País e a Região estão a atravessar, em que são pedidos sacrifícios às empresas, aos trabalhadores e às famílias, não se compreende que haja uma classe profissional que, pelo seu poder negocial e por terem uma atividade que é praticamente monopolista na Região, não queira ser abrangida por reduções nos seus rendimentos, que toda a administração pública e setor empresarial do estado estão obrigados. Salienta-se que neste processo de ajustamento que o País e a Região estão a atravessar, a situação no setor privado é mais dramática, pois este está a ver-se obrigado a reduzir o emprego, como forma, muitas vezes, de sobrevivência.
Tendo em consideração notícias que têm vindo a ser veiculadas pela comunicação social, podemos estar, mais uma vez, a assistir ao facto de serem os contribuintes a suportar mais agravamentos dos custos de uma empresa de capitais exclusivamente públicos, como é o caso da SATA.
Esta iniciativa, que terá início a 5 de maio, pretende tornar o primeiro sábado de cada mês, da parte da tarde, na ocasião ideal para as compras e para utilização dos estabelecimentos de restauração.
O projeto “Ponta Delgada – Cidade Com Vida” contará com atividades de animação e no envolvimento de outras entidades, nomeadamente o Mercado da Graça, de modo a criar uma oferta cultural e lúdica distinta, que complementará as iniciativas empresariais.
Ponta Delgada, 27 de abril de 2012