
A CCIPD lamenta o anúncio de saída da EASYJET do mercado dos Açores a partir do próximo inverno IATA, 2017.
Esta empresa está indelevelmente associada à abertura do setor de transportes aéreos dos Açores, tendo sido instrumental na adoção da política de liberalização adotada em 2014 para vigorar a partir de 2015.
A EASYJET trouxe ao mercado de turismo dos Açores uma enorme notoriedade, associada à sua implantação no mercado europeu, tendo levado o nome dos Açores a muitos mercados que o desconheciam.
A saída desta empresa das rotas dos Açores constitui um revés muito significativo para o ambiente concorrencial dos transportes aéreos para os Açores e, muito particularmente, para Ponta Delgada. Ficamos a perder no nosso potencial de obter mais notoriedade e ficamos mais vulneráveis a políticas de menor concorrência e de preços mais elevados.
A CCIPD respeita, naturalmente, as opções privadas, que resultam da apreciação que cada empresa faz do contexto em que atua e faz votos para que as circunstâncias que levam a empresa a interromper as suas ligações com Ponta Delgada sejam rapidamente alteradas e permitam o seu regresso às rotas dos Açores e ao seu contributo para a nossa notoriedade e para o ambiente concorrencial do mercado nos Açores.
Porque a atração ou a perda de interesse de uma multinacional é sempre um fator muito importante para a economia, é imperioso que sejam analisadas as circunstâncias que levam esta empresa a deixar o mercado dos Açores, para que sejam eliminados os fatores negativos e potenciados os positivos.
Esta saída é prova de que, como tem referido muitas vezes a CCIPD, o mercado nunca pode ser dado por certo e o turismo muito menos.
É indispensável que as autoridades acompanhem a evolução dos intervenientes no mercado dos Açores e os fatores críticos para a sua manutenção. Quando cumprimos atraímos investimento, quando não cumprimos perdemo-lo.
É urgente que seja perspetivada a evolução da atividade aérea nos Açores dada a importância deste setor para a competitividade do turismo nesta região.
Ponta Delgada, 23 de março de 2017
a Direção